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Resumo: Vivemos uma realidade ainda pouco valorizada e percebida no Brasil e no mundo: a população está envelhecendo rapidamente, vivendo mais e buscando viver melhor. Dentro deste contexto social, o visagismo ganha força e relevância inquestionáveis ao encontrar potencialidades individuais, auxiliar no autoreconhecimento e ressaltar a beleza.
Citação: “O visagismo é a oportunidade de aguçar percepções e sensibilidade. É um caminho para viver de maneira mais plena” – Tania Trindade.
Neste ano, no primeiro dia do mês de outubro (1/10) – quando é comemorado o Dia Internacional do Idoso – São Paulo foi palco do último dia de um evento inédito: a primeira edição de uma feira que reuniu conteúdo, produtos e serviços desenvolvidos especificamente para o público 50+. A Longevidade Expo + Fórum trouxe à discussão uma realidade ainda pouco valorizada e percebida, mas de extrema importância para o Brasil e para o mundo: a população está envelhecendo rapidamente, vivendo mais e buscando viver melhor.
Dentro deste contexto social, o visagismo – ciência que, através de estudos e comprovações matemáticas, harmoniza imagens levando em consideração o indivíduo como um todo, ou seja, aspectos externos e internos – ganha força e relevância inquestionáveis.
O visagismo e a maturidade
Para ratificar que a relação visagismo e maturidade é extremamente necessária e saudável, por levar mais bem-estar e qualidade de vida para a população longeva, os mestres visagistas, Tania e Robson Trindade – responsáveis por trazer ao Brasil o ensino do visagismo para cursos de formação, pós-graduação e MBA – explicam que percepções, sensibilidade e vivência são mais intensas e aguçadas na fase pós 50.
“O visagismo nada mais é do que uma oportunidade de aguçar as percepções e a sensibilidade e na fase madura isso é bastante aflorado. Por isso, trata-se de um caminho para criar a oportunidade de viver de uma maneira mais plena. O que está totalmente alinhado à maturidade, que é momento quando se alcança a plenitude da experiência de vida”, explica a visagista e Professora Mestre em Comunicação Audiovisual, Tania Trindade.
Experiência própria
E nada mais real do que viver e experimentar uma realidade para falar sobre ela. Robson e Tania tinham uma vida bem estruturada como profissionais de beleza – cabeleireiro e esteticista, respectivamente – quando, depois dos 40 anos resolveram virar o barco e se dedicar a outro segmento. Segundo Tania, a escolha teve a ver com a busca por “um universo que nos aproxima de pessoas”.
“O visagismo é a ciência que estuda o rosto, mas na verdade em conexão com o corpo, cérebro e com a mente. Então, a maturidade é o momento quando estamos plenos para poder falar e interagir com pessoas. Nesta fase da vida, temos experiência, vivência e a oportunidade de trocar de forma diferente porque já lapidamos e sabemos reconhecer e valorizar a joia que está dentro de nós”, explica a visagista.
Auto reconhecimento
O visagista e Professor Mestre e Doutorando da TIDD-PUC/SP, Robson Trindade, avalia a importância do visagismo no processo de auto reconhecimento e reitera a relevância deste momento na fase mais madura da vida, quando é essencial se empoderar de si e também de seu lugar na sociedade.
“Através do visagismo, a gente consegue fazer com que uma pessoa se identifique e encontre o seu lugar dentro dela e onde ela está inserida, seja uma relação pessoal, profissional, social ou até digital. Nessa altura da vida, é comum que as pessoas se escondam, se guardem e fiquem reclusas, por acharem que não fazem mais parte disso tudo. Mas, quando consegue trazer à tona a sua experiência, vivência, conhecimento e potencialidade, ela descobre que está viva e inserida. Mas isso precisa ser descoberto dentro de cada um”, explica Robson.
A beleza na maturidade
Segundo ele, ao falar da questão da beleza para a maturidade, ressalta-se que o belo existe para todos, mas que isso precisa aparecer em cada fase da vida. “Esse é o nosso objetivo com o visagismo: revelar a identidade e a beleza de cada pessoa para que ela possa usar isso da melhor maneira possível”.
O Mestre cita que algumas crendices generalistas ainda existem e que não devem ser adotadas como verdades absolutas, pois deixam de lado a individualidade de cada ser.
“Cortar o cabelo curto quando se atinge a maturidade, por exemplo, é uma bobagem que está no mercado, mas não existe. O cabelo é um recurso de camuflagem, então se há alguma coisa que queira esconder, use o cabelo”, afirma.
Para ele, a questão de colorir as mechas apenas quando elas começam a perder a coloração natural também é uma técnica imposta e que não leva em consideração as necessidades de cada indivíduo. “Colorir o cabelo é uma questão de embelezamento, ou seja, é um quesito para vestir melhor o cabelo. Mas, isso não deve ser pensado apenas para esconder cabelos brancos. Ele pode usar para isso, mas não é só isso. Quando os cabelos estão brancos, podem estar lindos e não precisa fazer cor”. “Com o visagismo, revelamos cada vez mais a potencialidade das pessoas para mostrar que elas podem muito mais do que imaginam”, encerra Robson.